Turboélice pode, sumariamente, ser definido como um conceito que implica na agregação de duas tecnologias para constituição de um tipo de motor de utilização aeronáutica que alia as características técnicas da propulsão por hélice ao alto rendimento ofertado por uma turbina. Portanto, é o encontro de uma solução clássica (a hélice) com outra mais moderna (o jato) para cumprir o fito de impulsionar versáteis aeronaves às alturas e aos diversos rumos que elas poderão explorar.

Turboélice – Fotografia Experimental não é apenas um grupo de pesquisa inspirado pelo mesmo espírito de agregação e hibridação de técnicas historicamente consagradas e contemporâneas que subjaz ao estilo da motorização que lhe dá nome. É sobretudo uma filosofia em que o conceito de flexibilidade se alia à vontade de descoberta inerente a qualquer jornada cuja direção é segura mas não isenta de surpresas que, por sua vez, conduzem não apenas ao deslinde mas também ao deslumbre próprio da criação artística.

Para tanto, a sua “tripulação” se dedica ao aprofundado estudo teórico e empírico dos diversos procedimentos e processos analógicos que se consagraram ao longo da história como tradicionais, das suas variações alternativas (com o emprego de técnicas e químicas diversas do cânone) e também de todo o cabedal e arsenal digitais contemporâneos. Assim, sob a percepção de que estes campos não são excludentes o grupo nutre particular interesse a respeito das possibilidades de hibridação técnica e estética que podem e devem integrar e expandir em recíproca, potente e criativa mescla o universo da fotografia.

A revista Turboélice – Fotografia Experimental apresenta periodicamente alguns resultados das pesquisas dos membros de sua equipe e de fotógrafos afinados ao seu éthos, quer seja com imagens, quer seja com artigos técnicos ou teóricos que possam incrementar de modo original o ambiente da fotografia de arte.

                                                                                                                   Felipe Dourado